Justiça suspende início das aulas no Rio Grande do Sul devido ao calor excessivo
As altas temperaturas que assolam o Rio Grande do Sul levaram a Justiça a suspender o início das aulas da rede estadual, que estava programado para esta segunda-feira (10). A decisão atende a um pedido do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) e, caso não seja revertida, o novo calendário prevê o início das atividades escolares para o dia 17 de fevereiro.
Em resposta à decisão judicial, o governo do estado já protocolou um recurso por meio da Procuradoria-Geral, aguardando uma nova posição da Justiça que possa redefinir a data de início das aulas.
A situação afeta cerca de 700 mil alunos em 2.320 escolas estaduais, a maioria dos quais está em condição de vulnerabilidade social, o que torna a escola um espaço crucial de acolhimento e aprendizado. A decisão do Tribunal de Justiça foi motivada por um alerta da MetSul Meteorologia sobre o "alto risco de calor extremo", com temperaturas que podem alcançar até 43ºC em algumas regiões do estado.
O Cpers destacou que o retorno às aulas sob tais condições climáticas representa um risco à saúde de alunos e professores, uma vez que muitas escolas carecem de infraestrutura adequada para lidar com o calor intenso. Em nota, a entidade criticou a recomendação do governador Eduardo Leite, que sugeriu à comunidade escolar medidas preventivas como hidratação e uso de roupas leves. Para o Cpers, essa orientação é "vergonhosa" e insuficiente diante do que consideram uma situação de emergência.
A secretária de Educação, Raquel Teixeira, defendeu que as condições variam entre as diferentes regiões do estado e sugeriu que as decisões sobre o adiamento das aulas deveriam ser tomadas por coordenadorias regionais, levando em conta as especificidades locais.
Enquanto a Justiça não toma uma nova decisão, o governo do estado se comprometeu a manter a comunidade escolar informada sobre qualquer atualização relacionada ao calendário letivo.
Fonte: Agência Brasil