Na última segunda-feira (10), em Natal (RN), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o lançamento do Programa Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades, intitulado "Partiu IF".
A iniciativa visa facilitar o acesso de estudantes da rede pública à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e foi revelada durante a criação da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP).
O programa oferecerá aulas e atividades de reforço educacional a estudantes selecionados, priorizando aqueles em situação de vulnerabilidade.
A meta é preparar os alunos para as provas de seleção dos institutos federais, com o intuito de reduzir as desigualdades educacionais.
Em 2024, a rede contava com 685 unidades.
Durante o evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que cada estudante receberá uma ajuda de custo de R$ 200 mensais, por um período de oito meses.
Ele também destacou que os alunos que participarem do cursinho "Partiu IF" receberão uma bolsa no mesmo valor do programa "Pé-de-Meia", que também busca apoiar a permanência dos estudantes.
Público-Alvo e Prioridades
O "Partiu IF" tem como foco a ampliação das oportunidades educativas, especialmente para jovens negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência, que tenham uma renda familiar per capita de até um salário mínimo (atualmente R$ 1.518).
Camilo Santana enfatizou que o programa busca promover equidade e justiça social na educação, oferecendo suporte a jovens que não estão suficientemente preparados para o ingresso nos institutos federais.
Metas e Investimentos
A iniciativa visa preparar cerca de 78 mil estudantes do 9º ano da rede pública até 2027, com um investimento total de R$ 463 milhões.
Para 2025, serão oferecidas 26 mil vagas, com um custo estimado de R$ 115,8 milhões para o biênio 2024-2025.
Estrutura das Aulas
O "Partiu IF" será estruturado em dois eixos de formação: Ciclo Básico e Formação Suplementar, totalizando 320 horas de carga horária.
O Ciclo Básico incluirá disciplinas como linguagem, matemática e ciências naturais, além de oficinas de redação.
A formação suplementar abrangerá atividades de acompanhamento psicopedagógico e suporte social, visando atender às necessidades individuais dos alunos.
As aulas estão programadas para começar no próximo sábado (15), com a formação de aproximadamente 650 turmas, cada uma composta por 40 alunos.
O projeto piloto já está em andamento desde agosto de 2024 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas (Ifsuldeminas), no campus Pouso Alegre (MG).
Com essa nova iniciativa, o MEC busca não apenas ampliar o acesso ao ensino técnico, mas também diminuir as desigualdades que permeiam o sistema educacional brasileiro, ressaltando a importância de uma educação inclusiva e de qualidade para todos.
Fonte: Agência Brasil