A partir da próxima terça-feira, 22 de abril, o Ministério da Educação (MEC), em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), dará início ao processo de inscrição para a Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP).
A iniciativa visa selecionar 130 propostas de cursinhos gratuitos que têm como objetivo preparar estudantes para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e outros vestibulares que possibilitam o acesso ao ensino superior.
O edital com as diretrizes para a inscrição foi disponibilizado no site da Fiocruz, e o período para registro se estende até o dia 6 de maio, através do portal Prosas. A prioridade será concedida a cursinhos que não recebem apoio financeiro, seja direto ou indireto. A lista completa dos inscritos será divulgada no portal do MEC em 7 de maio.
A CPOP tem como finalidade oferecer suporte técnico e financeiro a estudantes da rede pública que se encontram em situação de vulnerabilidade social, com especial atenção a grupos historicamente marginalizados, como negros, indígenas e pessoas com deficiência.
As propostas apresentadas devem estar alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio e ao conteúdo do Enem, com uma carga horária mínima de 20 horas semanais, além de incluir atividades complementares que promovam saúde, formação antirracista e cidadania.
Hugo Silva, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), destaca a importância dos cursinhos populares como "trincheiras de resistência" na luta pela democratização do acesso ao ensino superior. Silva enfatiza a urgência da continuidade desses cursinhos e do apoio que podem receber por meio do edital da CPOP.
Com um investimento inicial de R$ 24,8 milhões para o ciclo de 2024-2025, a rede beneficiará, já no primeiro ano, até 5.200 estudantes em todo o Brasil. O investimento total até 2027 poderá alcançar R$ 99 milhões, com a previsão de apoio a cerca de 324 cursinhos populares.
Os principais objetivos da Rede Nacional de Cursinhos Populares incluem:
- Fortalecer cursinhos pré-vestibulares populares e comunitários;
- Elaborar orientações focadas no Enem para a estruturação e implementação de ações de formação;
- Ampliar o acesso ao ensino superior para pessoas negras e indígenas;
- Retomar o interesse dos jovens brasileiros pelo Enem, que mostrou um crescimento em 2023;
- Contribuir para a ocupação de vagas em cursos de graduação em instituições federais.
Fonte: Agência Brasil