Tecnologia na Educação - Um desafio antigo, sempre novo

Por Zevaldo Luiz Rodrigues de Sousa

Escrever sobre educação sempre foi o meu maior desejo. Aos poucos, iniciei esta tarefa alimentando um blog de conteúdo histórico, intitulado Ecos da História que mantenho no mesmo endereço eletrônico, mas deixei de atualizar. Durante quatro longos meses, parei de escrever em blogs. Estive pensando muito sobre tudo o que está acontecendo no Brasil e no Mundo e assim como parei de escrever no Blog Ecos da História, também parei de escrever no Blog do Zevaldo Sousa. Nove anos escrevendo sobre fatos, notícias e opinião sobre acontecimentos políticos do município de Maragogipe. Tudo indica que esta fase se encerrou e bola pra frente que atrás vem gente.

Qual é o meu desejo 

Em muitas escolas, a Informática não é vista como uma disciplina viva e ativa, mas se resume à implantação de um Laboratório de Informática onde o aluno pode interagir com o mundo através de pesquisas aleatórias ou direcionadas pelos professores (em alguns casos monitores ou tutores), ou através das redes sociais. A prática é uma constante e poucos são os alunos que conseguem aprender alguns conceitos básicos da disciplina. Pois, na maioria dos casos, tudo de maneira aleatória, sem programação e organização. Tudo muito divergente do que propõe a disciplina.

Atualmente, o projeto Um Computador por Aluno (UCA), do governo federal amplia a demanda das tecnologias da informação e da comunicação nas escolas públicas de todo o país. Certamente, ainda há processos de seleção, mas a novidade um dia chegará a grande maioria das escolas brasileiras e este será o novo paradigma que a grande maioria dos professores e estudantes brasileiros irão enfrentar. Pois a tecnologia está chegando nas escolas e muitos profissionais da educação não sabem lidar com ela.

Um exemplo disso é o uso do celular nas escolas. Em muitos casos, há um compromisso coletivo dos profissionais da educação na implantação de uma barreira clara, e em certos casos violenta, contra o uso dessa e de outras tecnologias móveis em sala de aula. Certamente, alguns alunos 'pegam pesado', pois além de não ter interesse na matéria, por motivos diversos, acabam somente por acessar estes dispositivos móveis sem nenhum objetivo educacional. O que falta? Será que os professores não deveriam intervir neste processo indicando caminhos de pesquisa e filtrando conteúdos.

Apesar de alguns professores afirmarem drasticamente que a utilização do celular nas salas de aulas está acabando com o ensino, outros profissionais estão percebendo que os dispositivos móveis podem ser aliados para o processo de ensino. Perceba que a grande maioria dos celulares atuais têm uma variedade imensa de serviços como câmera de vídeo e imagem, gravadores de som, e editores de texto, além do acesso à internet e, em especial, algumas operadores oferecem serviços gratuitos de acesso as redes sociais. Por que não podemos utilizar estas ferramentas à nosso favor?

Com uma boa dose de pesquisa e qualificação, o novo profissional de ensino precisa se adequar a esta realidade e não retroagir. Este professor precisa usar novos métodos de ensino, utilizando destes e de outros serviços tecnológicos em prol da educação.

Outra questão que precisamos debater é sobre o método e o lugar da informática na escola. Será que queremos ela (a disciplina Informática) reduzida ao Laboratório? Será que ensinaremos conteúdos exclusivos da informática? Será que devemos ampliar este conceito de ensino com a interdisciplinaridade, assim como, com temas atuais ligados à legislação e às novidades tecnológicas? Será que todos os professores da escola estão preparados para receber essa sobrecarga de informação tecnológica sendo capazes de adaptar-se à nova realidade? Acredito que sim, mas tudo é uma questão de sobrevivência. Perceba que as perguntas estão sobrepostas, o que resulta numa cadeia de pensamento. 

Eu, por exemplo, desejo um laboratório na escola, assim como um computador por aluno e por professor, assim como recursos tecnológicos em diversas partes da escola, como um todo. Gostaria que a escola pudesse oferecer conteúdos exclusivos da informática aos seus professores e alunos, assim como interligar a informática com outras disciplinas de maneira interdisciplinar. Agora, com relação ao preparo dos professores, é importante salientar que há um necessidade de busca pelo conhecimento e isso, só se consegue com desejo de mudança, e o nosso atual sistema de ensino não oferece um modelo em que os profissionais da educação se sintam verdadeiramente tentados a mudar, pelo contrário, a grande maioria dos profissionais querem qualificar-se por vontade própria do que por um incentivo governamental ou da empresa privada em que trabalha. Se, o profissional da educação tem esse desejo que não é aguçado, acaba por desanimar-se. Na minha opinião, este problema é, mesmo que parcialmente, um dos maiores do Brasil com relação a inovação educacional e tecnológica.

Por isso que irei debater este, entre outros assuntos neste blog que visa nortear o ensino da informática como forte aliada da inovação, ciência e tecnologia no Brasil de hoje e do futuro.

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