Estudo aponta facilitação de golpes financeiros em anúncios do Facebook, Instagram e WhatsApp

 

Meta na mira da justiça: Estudo aponta facilitação de golpes financeiros em suas redes

As redes sociais da Meta, incluindo Facebook, Instagram e WhatsApp, estão sendo cada vez mais exploradas por golpistas para disseminação de anúncios fraudulentos, de acordo com um estudo do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab) da UFRJ. A pesquisa identificou 1.770 anúncios maliciosos impulsionados por 151 anunciantes, além de 87 sites fraudulentos, evidenciando as falhas na moderação e verificação de anunciantes nessas plataformas. O estudo destaca que os criminosos conseguem driblar os filtros de segurança, promovendo conteúdos enganosos e direcionando-os para públicos vulneráveis.

Contexto e impacto das fraudes digitais

A onda de golpes foi impulsionada pela desinformação em torno da Instrução Normativa 2.219/2024 da Receita Federal, que levou à disseminação de fake news sobre a taxação do Pix. A narrativa falsa gerou pânico entre os cidadãos e criou uma brecha para fraudadores veicularem anúncios que simulavam programas sociais falsos, como Resgata Brasil e Brasil Beneficiado. Os golpistas ofereciam promessas de acesso a supostos benefícios financeiros e resgates de dinheiro, induzindo as vítimas a pagar taxas antecipadas ou a compartilhar dados bancários.

Além disso, a pesquisa aponta que os golpistas utilizam técnicas avançadas de segmentação para alcançar suas vítimas. Ferramentas de marketing da própria Meta permitem que os anúncios fraudulentos sejam impulsionados para públicos específicos com base em dados demográficos, localização geográfica e interesses, ampliando o alcance das fraudes.

O uso da Inteligência Artificial nas fraudes

O estudo também alerta para o uso crescente de inteligência artificial nas fraudes, com 70,3% dos anúncios maliciosos empregando deepfakes para manipular vídeos de figuras públicas, como Nikolas Ferreira, Fernando Haddad e Lula. O levantamento do NetLab identificou que 561 anúncios usaram imagens adulteradas do deputado federal Nikolas Ferreira para disseminar desinformação. As edições de IA permitiram que criminosos forjassem falas e criassem vídeos realistas, aumentando a credibilidade dos golpes.

Outras personalidades políticas e midiáticas também foram alvos dessas manipulações, incluindo o ministro da Fazenda Fernando Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o jornalista William Bonner. Essas táticas elevam a dificuldade de identificar conteúdos fraudulentos, tornando os golpes mais sofisticados.

Falhas na moderação da Meta

Apesar das denúncias, a Meta afirma que combate tais práticas e incentiva denúncias de anúncios suspeitos. No entanto, a pesquisa do NetLab aponta que as mudanças recentes na política da empresa, como o fim do programa de checagem de fatos, podem agravar o problema, aumentando a disseminação de publicidade enganosa e desinformação. Além disso, há preocupações sobre a falta de transparência no tratamento dos dados pessoais dos usuários, o que pode facilitar a ação dos golpistas.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha revelou que golpes financeiros digitais, incluindo fraudes envolvendo Pix e boletos bancários, geram prejuízos anuais de R$ 25,5 bilhões aos consumidores brasileiros. Outro estudo da empresa de segurança Silverguard identificou que 79,3% dos golpes financeiros no país começaram em plataformas da Meta: 39% no WhatsApp, 22,6% no Instagram e 17,7% no Facebook.

Medidas para combater golpes online

Diante desse cenário alarmante, especialistas recomendam medidas mais rígidas para a verificação de anunciantes e maior controle sobre os anúncios veiculados. Entre as sugestões estão:

  • Adoção de IA para detectar fraudes em tempo real 
  • Exigência de documentos e validação de identidade para anunciantes 
  • Transparência nas políticas de moderação e impulsionamento de anúncios 
  • Maior fiscalização de anúncios com linguagem enganosa 
  • Campanhas de conscientização para usuários sobre fraudes digitais

Como se proteger?

🛡 Dicas de Segurança

  • Desconfie de anúncios que prometem benefícios financeiros rápidos. 
  • Evite clicar em links suspeitos em redes sociais. 
  • Verifique informações diretamente nos sites oficiais do governo. 
  • Denuncie anúncios fraudulentos nas plataformas. 
  • Utilize ferramentas de verificação de links para identificar fraudes. 
  • Ative autenticação de dois fatores em suas contas.

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Fonte: Agência Brasil

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