O ensino de História constitui um campo estratégico de formação humana, não apenas por sua função de transmissão de conhecimentos sobre o passado, mas fundamentalmente pelo seu papel na construção da consciência crítica e na formação de cidadãos participativos. Todavia, essa missão formativa exige muito mais que a exposição de conteúdos: demanda uma reflexão profunda sobre as metodologias, os fundamentos teóricos e as práticas pedagógicas que orientam a relação entre professor, estudante e conhecimento histórico.
Neste artigo, buscamos sistematizar os principais aspectos metodológicos do ensino de História, dialogando com os referenciais mais expressivos do campo — desde Marc Bloch e Paulo Freire até pesquisadores brasileiros como Circe Bittencourt, Selva Guimarães Fonseca e Maria Auxiliadora Schmidt — a fim de oferecer aos colegas educadores uma visão integrada e aplicável dessas contribuições teóricas.
01. Texto e Conceitos
1. Os fundamentos epistemológicos: Compreendendo a natureza do saber histórico
Qualquer reflexão sobre metodologia do ensino de História necessariamente passa por uma pergunta anterior: O que é História? Essa questão epistemológica é decisiva, pois determina como ensinamos e por que ensinamos de determinada forma. Ela também demarcará a sua corrente historiográfica e como você fará a conexão entre a teoria e a prática no ensino de história.
Marc Bloch, em sua obra clássica Apologia da História (2001), estabeleceu que a História não é a simples narração do que aconteceu, mas uma ciência interpretativa que busca compreender "o homem em sua experiência temporal". Em resumo, Bloch definia a História como a "Ciência dos homens no tempo" (BLOCH, 2001, p.24), e eu, rotineiramente, complemento que é a "Ciência dos homens no tempo e no espaço", porque compreendo que em todo lugar deste mundo há histórias acontecendo ao mesmo tempo.
Bloch insistia que existe uma relação dialética entre presente e passado: não compreendemos o presente sem conhecer o passado, nem o passado adquire sentido sem dialogar com as questões presentes. Esse pensamento é fundamental para a prática docente, pois sugere que o ensino de História não deve ser um exercício memorístico de datas e nomes, mas sim um espaço de reflexão crítica sobre a humanidade e suas transformações.
A crítica às fontes históricas, desenvolvimento central proposto por Bloch, tornou-se um eixo metodológico importante na formação do historiador e, consequentemente, do professor de história e seu exercício de ensinar história aos estudantes. Questionar a origem de uma fonte, sua autoria, sua intencionalidade, seu contexto de produção — essas operações cognitivas, quando ensinadas aos alunos, transformam-nos em pequenos historiadores, capazes de interpretar criticamente não apenas o passado, mas também as narrativas contemporâneas.
2. A transposição didática: Adaptando o saber acadêmico ao contexto escolar
Bloch (2001) apresenta uma frase que me marcou profundamente. Ele afirma que o historiador precisa "saber falar, no mesmo tom, aos doutos e aos estudantes" (BLOCH, 2001), ressaltando ainda que "simplicidade tão apurada é privilégio de alguns raros eleitos", o que discordo, pois quando o professor atua realmente como um profissional da educação, ele aprende, com a prática docente, a alcançar seus alunos.
Todavia, a partir da reflexão de Bloch, compreendemos que o professor precisa pensar criticamente sobre o que ensinar e de que forma narrar a história, adequando sua abordagem às necessidades e realidades de cada estudante, ou seja, o professor precisa compreender sobre a metodologia do ensino de História, reconhecendo que ensinar é também um ato de tradução e mediação do conhecimento histórico.
Não obstante, antes de falarmos um pouco mais sobre a metodologia do ensino de História, vamos compreender o conceito de transposição didática, formulado por Yves Chevallard (2000), que descreve o processo de transformação do conhecimento histórico acadêmico em conhecimento escolar. Vale destacar que esse não é um processo automático ou neutro; implica escolhas, recortes, adaptações e, necessariamente, transformações ideológicas.
Portanto, o conceito de Transposição Didática explica o processo de transformação do saber científico (ou saber erudito) em saber escolar (ou saber a ensinar). Em outras palavras, trata-se do caminho que o conhecimento percorre desde sua forma produzida pelos especialistas — o saber acadêmico — até a forma como ele é adaptado, simplificado e ensinado nas salas de aula. Resumindo:
- Saber sábio ou erudito: produzido por pesquisadores, acadêmicos e especialistas.
- Saber a ensinar: selecionado e organizado nos currículos e livros didáticos.
- Saber ensinado: efetivamente trabalhado pelo professor em sala de aula.
Neste sentido, a transposição didática analisa como e por que essas transformações acontecem, e quais implicações elas têm para o ensino e a aprendizagem.
Circe Maria Fernandes Bittencourt, uma importante pesquisadora do ensino de História no Brasil, aprofunda essa discussão em sua obra Ensino de História: Fundamentos e Métodos (2018). Para Bittencourt, o professor não é um simples transmissor de conteúdo, mas um mediador que reconstrói o saber histórico conforme as demandas pedagógicas, sociais e culturais de seu contexto. Ela enfatiza que o ensino de História não pode ser visto como descolado do contexto político e social; compreender o que se ensina ou se silencia em sala de aula é entender o projeto de sociedade que se quer construir.
Essa perspectiva obriga o educador a questionar: Por que ensinamos certos temas e não outros? Quais narrativas histórias são privilegiadas? Quais vozes são silenciadas? A metodologia, portanto, não se limita a técnicas de aula, mas envolve uma postura ética e política frente ao conhecimento histórico.
3. O uso de fontes históricas como prática investigativa
Uma das metodologias mais eficazes e amplamente recomendadas pela pesquisa contemporânea é o uso sistemático de fontes históricas primárias e secundárias na sala de aula. Diferentemente do ensino tradicional, centrado no livro didático e na aula expositiva, o trabalho com fontes transforma o aluno em investigador ativo do conhecimento.
Selva Guimarães Fonseca, em sua obra Didática e Prática de Ensino de História (2013), propõe que "ensinar História é um exercício de compreensão do tempo humano, do encontro com o outro e da transformação do sujeito. Nesse processo, os alunos não apenas absorvem conhecimento histórico, mas também se constituem como sujeitos históricos, capazes de refletir criticamente sobre o mundo em que vivem". (FONSECA, 2013)
Para Fonseca, o uso de fontes documentais, fotografias, objetos materiais, memórias orais e produções culturais não é uma técnica de "dinamizar" a aula, mas um fundamento epistemológico: é através da análise de fontes que se produz conhecimento histórico, tanto no laboratório do historiador quanto na sala de aula.
Essa prática investigativa envolve mais que fornecer documentos aos alunos. Requer que o professor oriente análises sistemáticas: questionando o contexto de produção das fontes, identificando perspectivas múltiplas, reconhecendo omissões e distorções, e refletindo sobre como as fontes foram selecionadas e interpretadas ao longo do tempo. É a chamada crítica ao documento, conceito essencial da historiografia que desenvolve, nos estudantes, o pensamento histórico crítico.
4. A formação da consciência histórica como objetivo central
Um conceito chave que unifica as metodologias contemporâneas do ensino de História é o de consciência histórica. Schmidt e Garcia (2005), dialogando com o teórico alemão Jörn Rüsen (1992), definem consciência histórica como
"um pré-requisito para a orientação em uma situação presente que demanda ação". Isto significa que a consciência histórica funciona como um "modo específico de orientação" nas situações reais da vida presente, tendo como função específica ajudar nos a compreender a realidade passada para compreender a realidade presente."
Essa compreensão transforma radicalmente o objetivo do ensino de História. Não se trata apenas de aprender conteúdos, mas de desenvolver capacidades cognitivas, éticas e existenciais que permitam aos alunos interpretarem o passado em função de seus desafios presentes e suas expectativas de futuro. O ensino passa a ter uma dimensão formativa essencial: contribui para que o aluno compreenda-se como ser histórico, imerso em processos de transformação social, capaz de agência e responsabilidade.
Monteiro e Penna (2011) complementam essa perspectiva ao propor o conceito de "saberes em lugar de fronteira", sugerindo que o ensino de História ocupa um território entre o conhecimento histórico acadêmico e a pedagogia, onde o professor recria o saber acadêmico a partir das demandas cotidianas da escola. Essa posição criativa do docente é fundamental: ele não simplesmente "aplica" metodologias, mas as reinventa em diálogo com seus alunos, suas comunidades e suas realidades.
5. A educação histórica como prática dialógica e emancipadora
Paulo Freire, embora não tenha escrito especificamente sobre ensino de História, ofereceu fundamentos filosóficos e pedagógicos que permeiam as metodologias contemporâneas. Em Pedagogia do Oprimido (1987), Freire propõe que "o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa". (FREIRE, 1987, p. 39)
Essa perspectiva de educação dialógica é profundamente coerente com as metodologias do ensino de História que enfatizam a investigação, o debate e a reflexão crítica. Significa que o professor não é um detentor exclusivo do saber histórico, mas um mediador que, ao trabalhar com seus alunos, também aprende — tanto sobre a realidade da comunidade quanto sobre as múltiplas interpretações do passado que seus alunos trazem, frequentemente marcadas por suas identidades, memórias familiares e experiências de vida.
Essa educação dialógica não é neutra: ela carrega intencionalidade emancipadora. Ao refletir criticamente sobre o passado, ao questionar narrativas oficiais, ao reconhecer vozes silenciadas, o aluno desenvolve consciência crítica sobre estruturas de poder, injustiças históricas e possibilidades de mudança. Contribui-se, assim, para a formação de cidadãos autônomos e participativos, capazes de intervir conscientemente em suas realidades.
6. Metodologias ativas e integração de recursos didáticos
As pesquisas contemporâneas sobre ensino de História convergem para a importância das metodologias ativas (aprendizagem baseada em projetos, estudos de caso, simulações, debates históricos, dramatizações e produções multimídia). Essas não são meramente técnicas para "engajar" alunos, mas estratégias que alinham-se aos fundamentos epistemológicos discutidos acima.
Aqui neste Blog, temos um espaço dedicado às Metodologias Ativas que você pode conferir em cada link que estarei disponibilizando abaixo:
- Quais as diferenças entre Metodologias de ensino e aprendizagem?
- Manual de Aplicação Prática: Gamificação na Educação
- Manual de Aplicação Prática: Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP)
- Manual de Aplicação Prática: Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP)
- Manual de Aplicação Prática: Ensino Híbrido como Metodologia Educativa
- Manual de Aplicação Prática: Design Thinking como Metodologia Ativa
- WebGincana em Sala de Aula com produção de vídeo
Quando um aluno participa de um debate sobre personagens históricos, reconstrói documentos perdidos, desenvolve um projeto sobre história local ou produz um podcast narrando histórias da comunidade, está exercitando as operações cognitivas fundamentais do historiador: coleta de informações, análise crítica, interpretação plural, comunicação narrativa.
O uso de tecnologias digitais — vídeos, plataformas interativas, jogos históricos, redes sociais — também se integra nesse horizonte metodológico, não como fins em si mesmos, mas como mediações que ampliam o acesso a fontes, favorecem a colaboração e permitem representações diversificadas do passado.
Portanto, é fundamental que o professor de História possua, em sua caixa de ferramentas pedagógicas, o conhecimento necessário para atuar em sala de aula com sensibilidade e intencionalidade, buscando compreender a realidade dos seus alunos. Para isso, é indispensável realizar uma Avaliação Diagnóstica que contemple seus interesses, desejos, competências de leitura, escrita, matemática e cultura digital, além dos conhecimentos específicos de História correspondentes ao ano letivo.
Com base nessas informações, o docente deve se preparar, planejando projetos, definindo metodologias e selecionando recursos didáticos que realmente alcancem os estudantes — sejam eles analógicos (livros, cadernos, fotografias, cartazes etc.) ou digitais. Em última instância, o foco principal deve - e continuará sendo - a aprendizagem significativa do estudante.
7. Considerações finais: Para uma prática reflexiva
Os Aspectos Metodológicos do Ensino de História aqui discutidos não formam um conjunto de receitas ou técnicas a aplicar mecanicamente. Constituem, antes, um horizonte de reflexão e prática que exige dos educadores uma postura de permanente questionamento: Por que ensino desta forma? Quais ideologias subjazem às minhas escolhas? Como meus alunos interpretam o passado? Como a História que ensinamos contribui para a formação cidadã?
A metodologia, nessa compreensão, é indissociável da ética pedagógica. Envolve reconhecer a dignidade intelectual de cada aluno, suas experiências e conhecimentos prévios. Envolve criar condições para que sejam protagonistas de sua aprendizagem. Envolve questionar o que se ensina e por quê. Envolve comprometer-se com uma educação que não reproduz desigualdades, mas contribui para transformação social.
À luz dos referenciais que apresentamos — de Bloch a Freire, de Bittencourt a Schmidt — compreendemos que um ensino de História verdadeiramente metodologicamente fundamentado é aquele que:
- Reconhece a História como ciência interpretativa e relacional com o presente;
- Trabalha com fontes primárias e secundárias, desenvolvendo pensamento crítico;
- Objetiva a formação da consciência histórica e da cidadania;
- Pratica a educação dialógica e emancipadora;
- Integra metodologias ativas e recursos didáticos diversificados;
- Reflete constantemente sobre suas escolhas, silêncios e intencionalidades.
Essa prática reflexiva e fundamentada é o que distingue um ensino de História transformador daquele que meramente transmite informações. É o que capacita alunos não apenas a compreender o passado, mas a se perceberem como agentes históricos, capazes de compreender criticamente seu presente e imaginar futuros mais justos.
02. Questões de Múltipla Escolha
Questão 1 – Fundamentos do Ensino de História
Segundo Marc Bloch, o papel central do historiador — e, por extensão, do professor de História — é:
a) Narrar eventos de modo linear e cronológico, favorecendo a memorização dos fatos importantes.b) Analisar criticamente o presente sem recorrer a fontes do passado.c) Interpretar o homem em sua experiência temporal, compreendendo as relações entre passado e presente.d) Transmitir saberes históricos prontos e consolidados ao estudante.e) Valorizar apenas as fontes orais como documentos históricos autênticos.
Questão 2 – Transposição Didática
O conceito de transposição didática, formulado por Yves Chevallard, é essencial para compreender:
a) O processo de transformar o conhecimento científico em saber escolar, adaptando-o ao contexto educativo.b) O método de organização curricular baseado em projetos interdisciplinares.c) A forma como os alunos interpretam fontes históricas primárias e secundárias.d) O uso de tecnologias digitais na mediação da aprendizagem.e) O conjunto de estratégias de avaliação contínua aplicadas nas aulas de História.
Questão 3 – Consciência Histórica
De acordo com Maria Auxiliadora Schmidt e Jörn Rüsen, o principal objetivo da formação da consciência histórica é:
a) Levar o aluno a memorizar marcos cronológicos e identificar personagens notáveis.b) Desenvolver a capacidade de projetar o futuro e orientar ações no presente a partir da compreensão do passado.c) Enfatizar o estudo das fontes exclusivamente secundárias.d) Fortalecer o ensino tradicional baseado na exposição do professor.e) Valorizar a neutralidade política do ensino histórico.
Questão 4 – Metodologias Ativas no Ensino de História
As metodologias ativas aplicadas ao ensino de História incluem estratégias que:
a) Mantêm o professor como centro exclusivo do processo de transmissão do conhecimento.b) Favorecem o protagonismo estudantil e a aprendizagem significativa por meio de investigação, projetos e uso de tecnologias.c) Priorizaram a memorização de conteúdos normativos e de documentos oficiais.d) Rejeitam o uso de mídias digitais e atividades colaborativas.e) Limitam-se à exposição oral e leitura de livros didáticos.
Respostas Comentadas
Questão 1:
Resposta correta: c) Interpretar o homem em sua experiência temporal, compreendendo as relações entre passado e presente.
Comentário: Para Bloch, em Apologia da História, a história é a “ciência dos homens no tempo”. Isso implica compreender o movimento contínuo entre presente e passado, privilegiando a análise das experiências humanas e não a simples cronologia factual.
Questão 2:
Resposta correta: a) O processo de transformar o conhecimento científico em saber escolar, adaptando-o ao contexto educativo.
Comentário: Chevallard conceitua transposição didática como o processo de passagem do “saber sábio” (produzido por especialistas) ao “saber ensinado” (trabalhado em sala de aula). Circe Bittencourt, em Ensino de História: Fundamentos e Métodos, reforça que o docente deve atuar como mediador crítico nessa conversão didática, adaptando o conteúdo sem perder sua essência.
Questão 3:
Resposta correta: b) Desenvolver a capacidade de projetar o futuro e orientar ações no presente a partir da compreensão do passado.
Comentário: A consciência histórica, segundo Schmidt e Rüsen, é “um modo específico de orientação nas situações da vida presente”, pois articula passado, presente e futuro. O ensino de História, portanto, forma sujeitos críticos e agentes de transformação social, capazes de interpretar a realidade de maneira temporal e consciente.
Questão 4:
Resposta correta: b) Favorecem o protagonismo estudantil e a aprendizagem significativa por meio de investigação, projetos e uso de tecnologias.
Comentário: As metodologias ativas — como a aprendizagem baseada em projetos, sala de aula invertida, gamificação e dramatizações — tornam o estudante protagonista do processo educativo. No ensino de História, favorecem a análise de fontes, o pensamento crítico e a participação cidadã, integrando recursos analógicos e digitais conforme defendem Fonseca, Bittencourt e Freire.
03. Dicas para concurseiros
- Mais do que decorar conteúdos cronológicos, o concurseiro precisa compreender os fundamentos epistemológicos que estruturam a disciplina. Estude autores como Marc Bloch, Yves Chevallard, Circe Bittencourt, Selva Guimarães Fonseca e Paulo Freire, pois seus conceitos (como “ciência dos homens no tempo”, transposição didática, consciência histórica e educação emancipadora) frequentemente aparecem em provas voltadas à didática histórica e à BNCC de História.
- Treine identificar a diferença entre o ensino tradicional e as metodologias ativas e investigativas, pois isso é central nas questões discursivas e objetivas.
- Uma dica valiosa é estudar História com um olho no passado e outro no presente. Muitos concursos demandam do candidato a capacidade de relacionar fenômenos históricos com contextos contemporâneos, especialmente em temas como democracia, desigualdade social, globalização, colonialismo e cidadania.
- Durante os estudos, pratique a análise de continuidades e rupturas históricas, aplicando esse olhar crítico nas redações e provas dissertativas.
- Uma característica dos aprovados é o uso constante de questões de concursos anteriores como base de revisão. A repetição ajuda a perceber padrões — sobretudo nas bancas IBFC, FGV, Vunesp e Cesgranrio, que têm estilos próprios de cobrança.
- Monte também linhas do tempo e mapas mentais coloridos, destacando causas, consequências e interrelações dos eventos. Esse método visual estimula a memorização e facilita a compreensão da dimensão processual da História, além de ser útil na prova didática ou em entrevistas.
- tempo para conteúdos teóricos (História Geral e do Brasil);
- tempo para didática, legislação educacional e BNCC;
- e momentos fixos para revisões.
- A etapa de avaliação didática é uma das mais decisivas. O candidato deve demonstrar clareza, domínio do conteúdo e didatismo — sem ser pedante ou repleto de jargões.
- Monte um roteiro de aula objetivo, com introdução, desenvolvimento e fechamento bem demarcados. Use exemplos atuais e recursos visuais (slides simples, imagens históricas ou trechos de fontes). Lembre-se: o avaliador observa se você é capaz de ensinar História a alunos reais, não apenas recitar teóricos.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: <https://basenacionalcomum.mec.gov.br>.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou O Ofício do Historiador. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: Fundamentos e Métodos. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2018. Disponível em: <https://ppghistoria.furg.br/images/Selecao/bittencourt-circe-ensino-de-historia-fundamentos-e-metodospdf.pdf>
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. 13. ed. Campinas: Papirus, 2013.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987. Disponível em: <https://pibid.unespar.edu.br/noticias/paulo-freire-1970-pedagogia-do-oprimido.pdf/view>.
MONTEIRO, Ana Maria Ferreira da Costa; PENNA, Fernando de Araújo. Ensino de História: Saberes em lugar de fronteira. Educ. Real., Porto Alegre, v. 36, n.1, p. 191-211, jan./abr., 2011. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/edu_realidade>
SCHMIDT, Maria Auxiliadora; GARCIA, Tania Maria F. Braga. A Formação da Consciência Histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de história. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 67, p. 297-308, set./dez, 2005. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>
Como referenciar este texto:
Blog do Lab de Educador. Aspectos Metodológicos do Ensino de História (Concurso para Professor de História). Zevaldo Sousa. Publicado em 26/10/2025. Disponível em <https://blog.labdeeducador.com.br/2025/10/aspectos-metodologicos-do-ensino-de-historia-concurso-para-professor-de-historia.html>. {codeBox}
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